Registros Rupestres: Memória e Ancestralidade no Nordeste e Sudeste do Brasil
Arqueólogos da USP descobrem novos registros rupestres na serra da Capivara e Nordeste
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) tem se dedicado à catalogação, preservação e tipificação de registros rupestres encontrados na serra da Capivara e em outras partes do Nordeste. Essas gravuras e pinturas, feitas há milhares de anos, ainda intrigam os especialistas devido à falta de contexto para interpretá-las.
Segundo os arqueólogos, as gravuras em São Paulo são mais frequentes do que as pinturas, que predominam no Nordeste. Além disso, as formas encontradas no Sudeste são mais geometrizadas e estáticas, enquanto as do Nordeste são mais dinâmicas e envolvem cenas mais elaboradas.
Para a pesquisadora responsável pelo projeto, Cisneiros, esses registros rupestres são marcadores da memória dos grupos que viveram na região há milhares de anos. “Entrar em contato com essas informações, poder ver essas gravuras, para mim é um encontro com a ancestralidade, vai muito além de uma descoberta científica”, reflete a pesquisadora.
O trabalho dos arqueólogos da USP faz parte do projeto “A ocupação humana do sudeste da América do Sul ao longo do Holoceno”, que recebeu um investimento de R$ 2.236.584,53. A descoberta desses novos registros rupestres tem contribuído para ampliar o conhecimento sobre a história e a cultura dos povos antigos que habitaram essas regiões.
